segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Aquela dose de pessimismo que a paixão causa

O que eu deveria fazer? Esconder e fingir que tá tudo bem? Certo, não sei fazer isso. Talvez eu seja aquele cara que esquece a chave em casa, o dinheiro no banco, o moleque que não quer ser homem. Sou mais eu quando estou com você, mas eu sei, tá cedo ainda né? E falando nisso, que horas são mesmo? Tá na hora de eu voltar para o meu Breaking Bad e acabar logo com essa ilusão de que com você vai ser diferente. Eu sei que sou muito pessimista e que eu deveria explicar melhor o que quero propor com esse texto porque o leitor não está entendendo nada. Mas eu sou assim mesmo, entende? Encho o texto de ponto de interrogações e depois termino como se não tivesse escrito nada. Vai entender não é? 
"E eu percebo que quanto mais velho mais inseguro me torno"

Se fosse pra falar sério eu teria dado play na primeira música deprimente do meu computador e descarregado essas palavras em canções e não em crônicas pessimistas sobre relacionamentos. Preciso daquela coisa que as pessoas chamam de êxtase. E com o tempo eu entendi que todos tem, só não usam. Prefiram o extra, mas observe, êxtase e extra podem soar parecidos, mas são diferentes. Combinamos de nos encontrar certo? Pode até ser um encontro bacana mas eu sei que no final não vai dá em nada. Desculpa, mas eu sei. Já vivi isso. "Mas ela é diferente" - é o que minha mente diz. Mas eu já fui enganado por ela. Dizem que quando somos enganados uma vez, demora pra voltarmos a confiar. E eu sei também que as mensagens vão continuar chegando feito tiros complexos dados no escuro, mas o alvo é sempre a distração. "Pouco a pouco o coração vai perdendo a fé". É o que diz a música que mesmo cantada em outra língua, dá pra sacar a essência pessimista que é a paixão. E eu percebo que quanto mais velho mais inseguro me torno. É isso que a paixão faz com um ser humano: acaba. Nos mostra quão inúteis somos e incapazes de superarmos as próprias crises internas para transformar esse sentimento em algo mais sólido. 

Sabe: é ter que sorrir pra não admitir que está carente. Enganar a si mesmo na frente dos amigos e na madrugada ouvir aquelas canções bad e imaginando o quão bom seria se ela tivesse do lado. Mais encontros vão acontecer, posso ter certeza disso, mas meus pensamentos vão estar sempre com a vibe suspeita pra não se apaixonar outra vez. E lembrei: a última vez que me senti assim foi com alguém que nem um encontro permitiu que tivéssemos. Droga! Agora eu vou desacreditar num encontro que, mais uma vez, eu mesmo marquei. Eu deveria enterrar minha cabeça no buraco mais próximo ou colocá-la no congelador da minha geladeira e esperar a morte? Sorte a minha de não ser normal. E "a gente nem ficou" e eu já estou com aquele frio(zinho) na barriga de "será que ela gostou de mim ou só fingiu?". Deveria acabar com isso e ir ler um pouco. As aulas começam em breve e eu aqui, trabalhando sem ganhar um real. Mas eu preciso disso: video-game, música e café com leite. É, eu sempre preciso de algo novo todos os dias. Enquanto isso eu vou me preocupando com os outros encontros que ainda não existe nem em minha mente (ham?). Talvez eu esteja apressando demais as coisas, mas sabe como é né? É paixão...

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